Gestão de crise: 6 pontos importantes para a assessoria de imprensa política

Rock In Rio, a volta do Carnaval, a primeira Copa do Mundo em dezembro e um pouco antes disso, as eleições para Deputado Estadual, Governador, Deputado Federal, Senador e, claro, a mais esperada, Presidente da República. O ano de 2022 começou agitado, mas deve ficar mais intenso, principalmente para os profissionais de assessoria de imprensa voltada para política e gestão de crise. 

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O período das campanhas eleitorais é o momento mais importante do trabalho do assessor de imprensa político. Esse momento é a oportunidade que o profissional tem para desenvolver e refinar uma ampla variedade de habilidades em um ambiente extremamente rápido e flexível. No entanto, esse trabalho exige cuidados essenciais. 

Em primeiro lugar, é concentrar o máximo de conhecimento, esforço e foco para que um trabalho de gerenciamento de crise, por exemplo, ocorra da melhor maneira possível. É preciso deixar claro que nenhuma pessoa pública ou partido está a salvo de crises de grande magnitude, ainda mais em um ano eleitoral, quando todos os olhos e ouvidos se voltam para esses candidatos.

Quer saber como funciona a gestão de crise no setor público? Tem um vídeo bem legal sobre o tema no canal da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) sobre o tema. Assista:

https://www.youtube.com/watch?v=TathU4-l7Mg

A importância de exercer uma boa gestão de crise está relacionada à preservação da imagem e reputação de um partido ou candidato. Sem uma boa imagem perante a opinião pública, é impossível ser eleito ou conduzir um mandato com uma boa taxa de aprovação dos eleitores.

Pensando na proporção que esse trabalho ganha durante uma eleição, nós trouxemos algumas dicas fundamentais ao longo desse texto para que assessores e assessoras de imprensa política possam se planejar e realizar uma gestão de crise efetiva. Vamos lá? 

Conheça 5 princípios para não errar na gestão de crise política

O gerenciamento de crise envolve uma série de problemas que podem surgir relacionados à imagem de determinada pessoa pública ou partido político. Por isso, não existem regras para lidar da melhor forma a não ser analisar cada caso individualmente e aprender com ele.

Por meio da vivência de diferentes situações, é possível traçar alguns princípios norteadores do trabalho da assessoria de imprensa política. Mas tudo irá depender das decisões que são tomadas ao longo dos processos e o que as equipes estão aprendendo com elas. 

Há uma decisão com base em dados? Quais são os relatórios de cada iniciativa? Existe um plano de ação para situações mais críticas? 

A resposta para cada uma dessas perguntas diz muito sobre a forma como uma assessoria de imprensa responderá diante um problema de pequeno, médio ou grande porte. Mas não se preocupe. Nós trouxemos 5 pontos essenciais na hora de fazer a sua gestão de crise. Acompanhe:

1 – Busque antecipar as crises

Falar pode parecer fácil, mas existem mecanismos que ajudam a prever esses tipos de situações que expõem a imagem dos clientes a danos até irreversíveis. Existem situações que são previsíveis e, muitas vezes, um bom assessor consegue antecipar a aproximação de um momento de turbulência e se precaver sobre essa possível adversidade. 

O melhor caminho é fazer isso através do monitoramento de notícias em tempo real. Esse recurso possibilita realizar relatórios de clipping de forma mais inteligente, sendo uma poderosa ferramenta estratégica. Invista em ferramentas de monitoramento digital, que farão com que a captação e mineração de notícias e dados sejam mais rápidas e com resultados mais precisos.

2 – Caso a crise ocorra, busque um panorama rápido!

Conseguir obter um panorama geral da crise o mais rápido possível é fundamental!  Essa atitude vai facilitar o processo para contornar a situação, o que minimiza as chances do problema se agravar. Portanto, organize-se. 

Desenvolver relatórios ou planilhas destacando as notícias que mencionam o cliente, selecionar os comentários negativos nas mídias sociais e sempre estar preparado para os imprevistos são as características de um assessor de imprensa político. 

Estar de olhos abertos é essencial na era digital 

Após definir um planejamento, a equipe responsável deve ter agilidade para colocá-lo em ação. É muito importante, nessa etapa do gerenciamento, correr contra o tempo. É nesse momento que será possível dimensionar o tamanho da crise e colocar em prática as estratégias pré-estabelecidas.

3 – Monitore os veículos tradicionais

Ainda que as redes sociais estejam se tornando os principais canais de comunicação, não podemos esquecer que a mídia tradicional ainda é a que atinge a maioria dos lares brasileiros. Segundo dados do IBGE, 96,3% dos domicílios brasileiros têm pelo menos um aparelho de televisão.

Por isso, televisão, rádio, jornais e revistas são veículos tradicionais que precisam fazer parte do monitoramento. 

Para monitorar esses veículos de comunicação mais tradicionais e abrangentes, a tecnologia é essencial para deixar o seu relatório de clipping muito mais inteligente e analítico. Portanto, lembre-se de contar com eles na sua estratégia. 

Na webinar abaixo, você encontrará um material interessantíssimo sobre a necessidade de monitoramento de redes sociais em ano de eleição.

4 – Seja transparente

Não esconda as informações. A gestão de crise exige transparência do assessor de imprensa, do cliente e da pessoa assessorada. É preciso alinhar o discurso de posicionamento sobre uma situação de crise com as reais informações sobre o que está ocorrendo. 

Lembra daquela frase que com certeza você já ouviu na infância: “mentira tem perna curta?”. Pois assim funciona na gestão de crise. 

Não se esqueça que com a internet, é muito fácil checar informações falsas. Qualquer coisa que não seja a mais pura verdade que você reproduz, podem viralizar instantaneamente no mundo digital. E com certeza, isso agravará ainda mais a crise. 

5 – O pós-crise

Após a superação de um momento de crise, é hora de fazer uma análise sobre o que aconteceu. Isso servirá como base para possíveis ocorrências no futuro, servindo como lição e aprendizagem.

Outro ponto fundamental é: não reacenda a polêmica. Uma vez que a crise chegou ao fim, não fique voltando no assunto, mesmo que seja para reforçar que tudo não passou de boatos e mentiras. Isso pode alimentar uma discussão desnecessária e relembrar os eleitores da crise. 

Por fim, não adianta sair de uma crise e imediatamente entrar em outra por puro descuido. Por isso valorize muito o monitoramento de conteúdo para prevenir outras situações delicadas para o seu assessorado.