Precisamos falar sobre inteligência artificial na assessoria de imprensa

Inteligência artificial é um tema tabu nas áreas da comunicação. Sempre que alguma novidade tecnológica aparece no mercado, os profissionais entram em pânico. O assunto da vez é um robô-jornalista financiado pela empresa Google DNI (Digital News Initiative). Será que os assessores de imprensa precisam ter medo disso?

Robô-jornalista da empresa Google DNI usa inteligência artificial para produzir textos

Talvez você esteja por fora do assunto, por isso vamos te explicar. No início de julho, saiu uma notícia de que a companhia Google DNI, em parceria com a Press Association do Reino Unido, está investindo em um projeto que consiste em um robô-jornalista.

Primeiro, entenda que essa iniciativa tem o objetivo de alavancar a qualidade jornalística a partir de recursos tecnológicos de ponta.

O robô-jornalista, que foi assunto no começo de julho no meio digital, usa inteligência artificial para elaborar notícias. O intuito é facilitar o trabalho dos profissionais da comunicação. Estima-se a produção 30 mil conteúdos por mês.

A notícia deixou muitos jornalistas e assessores de imprensa alarmados. Muitas pessoas acreditam que o robô dotado de inteligência artificial vai roubar o trabalho de quem já elaborava notícias.

Delete isso da sua mente e mantenha a calma. O robô da empresa Google, por mais que seja dotado de inovação tecnológica de ponta, não tem a sagacidade do olhar humano.

Além disso, ele vai ser controlado por jornalistas. Antes de qualquer coisa, os profissionais vão alimentar a inovação tecnológica com exemplos de dados prontos. Essas informações vão ser disponibilizadas por departamentos governamentais e autoridades locais, a fim de aprimorar a inteligência artificial em relação ao que é uma notícia e seus determinados tópicos.

Se por um lado isso causa espanto e muito medo, por outro é um facilitador de rotina para as redações jornalísticas, que vão poder usufruir do jornalismo de nicho, muitas vezes deixado de lado pela correria do dia a dia.

É nesse ponto que a assessoria de imprensa eventualmente pode se beneficiar com os robôs-jornalistas otimizadores das redações.

Entenda como a inteligência artificial pode facilitar a vida da assessoria de imprensa

Quando falamos de robôs parecidos com o da iniciativa da empresa Google com a Press Association, a tendência é pensar em um cenário em que o olhar profissional é excluído. Mas essa não é a ideia que deve ficar em sua mente.

Esses robôs vão permitir que o jornalismo consiga ter a rotina otimizada. O que vai acontecer é que as matérias serão escritas de forma facilitada.

Imagine quantas matérias relacionadas a pequenas empresas poderão ser desenvolvidas no dia a dia. Às vezes, alguns assuntos são deixados de lado pela falta de tempo e pelas redações enxutas. Também não podemos esquecer que existem os empecilhos do dia a dia.

Um robô dotado de inteligência artificial poderá redigir a matéria e incluir vídeos ou imagens. Sim, essa é uma das ideias do projeto.

A assessoria de imprensa pode se beneficiar disso ao entender que vai existir mais espaço no jornalismo para assuntos de nicho. Os clientes assessorados só vão ganhar com a ajuda da tecnologia.

De acordo com Peter Clifton, editor-chefe da Press Association, o robô-jornalista não vai excluir os profissionais humanos do processo. Ele apenas vai proporcionar que a inovação tecnológica tenha mecanismos para impulsionar temáticas regionais, que nem sempre conseguem ser pautadas de forma manual.

Isso quer dizer que ficaria mais fácil para assessores enviarem releases relacionados ao cliente e sugestões de pauta para as redações. Como essas pautas serão selecionadas, só o tempo vai dizer.

O que resta agora para os profissionais da comunicação é esperar, sem grandes alardes, o resultado do projeto.

Se vai acontecer da forma que está sendo planejado, jornalistas e assessores vão ter de esperar. De acordo com Clifton, redações, organizações, influenciadores digitais, jornalistas e demais profissionais da comunicação só tem a ganhar ao “dar as mãos” para a tecnologia.

Enquanto isso não acontece, o importante é não deixarmos que se crie um estado de pânico em relação aos aparatos tecnológicos. Eles estão aí para otimizar a rotina de assessores de imprensa. NewsStream, Trello e Canva são exemplos de ferramentas que facilitam o dia a dia da profissão.

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